segunda-feira, 6 de agosto de 2012



Funcionários-problema prejudicam toda a equipe; conheça os cinco piores perfis e saiba como agir 

fonte: UOL

Você pode até acordar bem-humorado e chegar disposto ao trabalho, mas só de se lembrar que terá que passar no mínimo oito horas do seu dia ao lado daquele colega insuportável, perde a disposição. Essa é a ideia defendida pelos especialistas no mundo corporativo: quando há um funcionário-problema no grupo, todos são prejudicados –ou pior: contagiados. "Há uma tendência de contratação pela capacidade técnica, mas o comportamento dos funcionários gera reflexos positivos e negativos na equipe e na corporação”, diz Carlos Ferreira, diretor executivo da 4hunter, empresa especializada em recrutamento e gestão de carreira.
Segundo o diretor da consultoria JCI Acquisition, José Carlos Ignácio, os funcionários-problema podem reduzir a produtividade e a motivação de todos, e a equipe pode julgar mal o trabalho do chefe que não faz nada a respeito. "Cada funcionário espera que o gestor seja capaz de planejar, dividir e cobrar as tarefas", diz ele. "Não há funcionário ruim, há má gestão".
Para Ignácio, a existência desse tipo de profissional parte de um recrutamento malfeito, sem dinâmicas de grupo e entrevistas adequadas. Há algumas explicações para que ele aja dessa maneira. Entre elas o consultor cita divisão desproporcional do serviço, despreparo do indivíduo e da equipe para executá-lo, falta de orientação (o que deixa o funcionário sem saber o que é esperado dele), ou ainda falta de supervisão. Conheça cinco perfis de funcionário que prejudicam a equipe:
O reclamão injustiçado
Como age: é aquele que passa o dia se queixando de algo que está fazendo ou lamentando da vida difícil que leva no trabalho. Para ele, nada está bom. Ele sente que não é valorizado o bastante, não tem oportunidade para crescer, só tem tarefas burocráticas a realizar. Durante uma reunião, começa a se queixar –podendo por à prova a autoridade do chefe e desestabilizar a equipe. Depois, no café, ele reclama aos colegas que há algo errado, que a equipe não está crescendo...
Como prejudica a equipe: convivência gera influência, segundo o diretor da consultoria JCI Acquisition, José Carlos Ignácio. O reclamão mina aos poucos o rendimento da equipe, que começa a questionar a falta de atitude do chefe. “Ele reclama tanto com todos que as pessoas não conseguem mais se concentrar e produzir", diz Carlos Ferreira, diretor-executivo da 4hunter, empresa especializada em recrutamento e gestão de carreira. Para Fábio Cunha, gerente da Michael Page, o funcionário-problema que se faz de vítima cria a imagem de que a empresa não valoriza os profissionais e, de tanto que repete o tema, isso pode acabar sendo considerado verdade pelos colegas.
O que fazer: para José Carlos Ignácio, esse tipo de funcionário deve ser chamado imediatamente pelo chefe para uma conversa exigindo uma mudança de postura. Se essa transformação não acontecer, é hora de ter uma atitude mais radical. “Uma pessoa de gênio muito difícil tem que entender que aquele lugar não é a casa dela. Quem vive reclamando pode não estar com um problema na empresa, mas na vida", diz.
Faça os testes para saber se você também reclama demais ou tem tendência a se vitimizar.
Uma última chance
A demissão deve ser encarada como a última alternativa. O ideal é chamar o funcionário para uma conversa, assim o chefe pode dizer o que espera dele e ouvir as justificativas do subordinado. “Pode ser uma pessoa que sempre deu bons resultados e apenas está num mau momento. O que é melhor para a empresa? Contratar e treinar outro funcionário ou passar por esse momento com ele?", pergunta Carlos Ferreira.
A conversa deve propor um acordo de expectativas, negociando prazos, postura e volume de trabalho. "É uma última chance", diz José Carlos Ignácio. Se ele não melhorar ou se esforçar, é hora de pensar em uma transferência de departamento ou demissão.

Se o chefe não conseguir avaliar a razão para o funcionário ter esse comportamento, é importante pedir intervenção da área de recursos humanos da empresa. "Se assumir toda a responsabilidade sozinho, o gestor pode ser leviano ou tomar uma atitude drástica, quando o problema pode ser apenas uma falta de alinhamento de ideias”, diz Fábio Cunha, diretor de recursos humanos da Michael Page, empresa de consultoria especializada em recrutamento.

Nenhum comentário: